quarta-feira, 16 de julho de 2014

Projeto 50 anos do Golpe: política, cotidiano e cultura em tempos de ditadura.

           O projeto "Cinquenta anos do Golpe: política cotidiano e cultura em tempos de ditadura." foi desenvolvido junto às turma T51, T52, T61 e T62 no período de abril a junho de 2014. Os professores envolvidos foram Cláudia Garcia (História), Jane de Souza (Biblioteca), Rosane Salomoni (Português), Mirís Weingartner (Artes Visuais) e Rodrigo Ferreira (Música).
             Entre os conceitos trabalhados  com os alunos e que serviram de base para este projeto temos os conceitos de golpe militar, ditadura, repressão, anistia, abertura, democracia, esquerda, direita e resistência.
              Os recursos utilizados foram fotos e frases do período da ditadura, músicas de protesto e de propaganda do regime, pesquisa na internet, filme Zuzu Angel, aula em audiovisual, análise de charges e produção escrita a partir das charges, confecção de material audiovisual, enquete sobre a Comissão da Verdade e preparação para o painel dos resistentes à ditadura militar.

                A seguir o registro fotográfico das diferentes etapas desse projeto:

                                                           Pesquisando....





Montando o painel com as charges e as análises produzidas pelas turmas







Algumas charges e suas análises expostas no painel



 



Alguns textos produzidos a partir de seleção de charges



A sociedade brasileira de hoje quer saber o que há nos arquivos da ditadura, mas os militares não querem mostrar esses arquivos.  Os militares não querem revelar porque sabem que há muitos crimes por trás disso e que esses arquivos podem prejudicá-los.

        Eles mataram muitas pessoas e escondem isso do povo porque eles têm medo que as pessoas do Brasil se revoltem, portanto pretendem mostrar os arquivos da ditadura só daqui a 200 anos “quando estiverem mortos”.



Nome: Bruno Micael dos Santos Cerigatto          

Turma: T62

A anistia

       O humor dessa charge foi que o boneco saiu gritando “Vlado! Saiu a anistia!”. Só que o Vladimir Herzog foi morto em 1976. O aspecto da ditadura brasileira que aparece na charge é a anistia, que não chegou a tempo para Vladimir Herzog.
        O sentimento que despertou em mim foi de tristeza porque a anistia foi decretada depois da morte de Vlado, em 1979.


Nome: Cristiane Corrêa - T62
        


O humor da charge está na faixa ordem e progresso, que está servindo de pau-de-arara para a tortura. Representa o aspecto das torturas do tempo da ditadura, que os manifestantes eram presos e ali torturados.



        A charge despertou em mim um sentimento de raiva e revolta. Imagino quantas pessoas sofreram com essa tortura e até morreram.



        Na charge “Ordem e progresso” podemos ver a nossa própria bandeira sendo um símbolo de tortura na época da ditadura.


        Nome: Janaína Alves     Turma: T62
CHARGE COMISSÃO DA VERDADE

    A Comissão da Verdade iniciou em 2012 com objetivo de descobrir e investigar os crimes cometidos pelos militares que, depois de aposentados, estão sendo investigados. Na charge o militar tenta esconder seus crimes como se nada fosse acontecer depois de tantos anos.

    Na nossa opinião, queremos justiça e que eles paguem pelos crimes cometidos e acreditamos que a Comissão da Verdade investigará e chegará até estes criminosos.

 Nomes: Raquel Daniele Severo, Suziane Guimarães e Kathleem Marcela.  - Turma: T61


Produzindo painel "Abaixo a ditadura"

Projetando:



Produzindo...





 




                                                              O painel exposto...


As turmas e o painel






Produzindo ampliação de charges

 






Painel com letras de música trabalhadas com as turmas






Algumas fotos com os nossos painelistas






Presentes que a biblioteca da escola recebeu de nossos convidados:


Suzana Lisbôa














2 comentários:

  1. Após dois meses de trabalho duro com um tema político sobre a história recente de nosso país, conseguimos o envolvimento dos adolescentes da EJA na compreensão da violação dos direitos humanos por parte do Estado Brasileiro.
    A combinação de linguagens e recursos variados no projeto (charges, músicas, filme, ppts, pesquisa na web), tornaram o tema mais acessível e concreto.
    O encontro com os painelistas foi repleto de significado, pois foi realizada uma caminhada para que os alunos compreendessem os assuntos envolvidos.
    Precisamos de mais momentos como este!

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  2. A EJA da Escola Marcírio, mais uma vez realizando um trabalho pedagógico diferenciado. Tratar a construção da cidadania dos nossos alunos é sempre uma busca. Fazer isso a partir da temática dos 50 anos do Golpe e da Ditadura foi ousado, desafiador e exigiu criatividade e perseverança. Parabéns ao grupo de trabalho da EJA- Macírio.

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